




































A morte enquanto catalizador de transformação.
A morte surge de rompante,
mesmo quando se vai aproximando,
devagar acaba sempre por ser um vislumbre de sol.
É possível olhar mas não muito tempo.
A memória que renasce com ela,
a transformação do ser enquanto organismo vivo.
Para um objecto, um lugar.
A tentativa de substituição de uma vida por algo que perdura.
A efemeridade da passagem enquanto corpo
e a permanência do objecto ao invés.
A quebra da dualidade vida e morte pela transformação.
Pelo cheiro de uma camisa, de uma almofada.
Pelo prato do bolo ou por um retrato.
Um intermédio daquilo que foi vivo e que está morto.
Mas que não está.
Nem vivo nem morto.
Até quando?